Só uma observação que que eu fico a pensar além desse exibicionismo que as redes oferecem, particularmente as redes, porque aí você fala com todo mundo quem está falando, eu acho, presidente, que há algo mais sombrio, é a voracidade por um poder independente de legitimação, porque num outro grupo o ministro relator, expôs e nós chegamos aqui em alguns votos a acentuar.

Espero que ele se lembre do que estou fazendo, referindo-se ao líder da organização, ou seja, estou documentando que estou participando com algumas notas graves. Se não der certo, nós estamos presos e aí depois não vai ter o que ser feito. Se passarem as eleições, fica mais restrito, como é o caso específico desse réu hoje.

Ou seja, era uma era um grupo quebrando inclusive os princípios básicos, por exemplo, das Forças Armadas, hierarquia e disciplina, de um outro nível chegava-se direto a quem estava na chefia do poder executivo nacional e que se ficasse lembrasse que um general se se eh se conteve para dizer que não participaria do golpe.

Mas algumas pessoas de outros níveis, quebrando inclusive a hierarquia que é da tradição das Forças Armadas, que é princípio da carreira das Forças Armadas, das carreiras, quebrava tudo isso e chegava e esperava que o golpe realizado, executado, o líder do golpe se lembrasse disso. Então, há uma outra coisa que a voracidade pelo poder, independente de qualquer protocolo.

Eh, sim, eu concordo com Vossa Excelência, há um certo exibicionismo de mostrar tudo. Hoje em dia, isso, eu acho que a humanidade, falando do Brasil, porque sou cidadã brasileira e sou uma servidora pública brasileira, nós temos um encontro marcado com um novo protocolo apenas de boas maneiras. que as nossas mães, os nossos pais nos ensinavam em casa.

O outro está falando, espere que ele termine para você falar. A gente faz isso até hoje com os pequenos da casa. E agora não, todo mundo fala o tempo todo, independente de quem for. E você está conversando, me lembro de um presidente da República que numa audiência com um ministro, portanto, do seu núcleo de auxiliares, enquanto ele falava, o ministro, vossas excelências devem saber disso, olhou o relógio como se tivesse alguma coisa.

Ele disse: “Vossa Excelência tem algo mais importante fazer do que conversar comigo que sou seu chefe. Por favor, fique à vontade. A audiência acabou. Hoje as pessoas estão falando com o outro, você está falando e o outro no celular. como se você estivesse falando para ninguém, sendo que às vezes a audiência foi pedida pela pessoa.

Então, há uma quebra de bons modos, eu diria, não de modos tradicionais, não de ritos desnecessários, que realmente a vida muda, fica muito mais simples, muito mais fácil, mas de alguns princípios que são necessários, especialmente nas organizações. Nós não somos apenas organismos que brotam do nada e cada folha vai para um lado e cada galho vai nascer do seu jeito.

Nós somos uma organização estatal a partir da vivência na sociedade. O que eu acho é que quem está no poder agora e muitas vezes a chegada ao poder, >> não, >> como neste caso se tentou, e o golpe é isso, é golpear uma estrutura organizada posta numa constituição e, portanto, queria se mostrar isso em parte, porque estava na participação, em parte para que se o golpe desse certo, quando o golpe desse certo, esta pessoa fosse aspas premiadas.

Então eu acho que é este conjunto de coisas que faz com que haja um lado muito sombrio neste quadro e que é muito melancólico a gente ver que as pessoas numa convivência social, numa convivência política, não respeitam. O estado de direito vem para impedir que a ânsia por cargos, a ânsia por poder não desconsidere o que são os valores de dignidade profissional, de ética na nas carreiras e que é preciso que realmente tenha um cuidado com isso, porque como eu já lembrei mais de uma vez, a democracia vive do princípio da

confiança. Não se confie nas pessoas que podem coibrar tudo para chegar a cargos independentes da sociedade. Portanto, Vossa Excelência lembrou o golpe de 64. Houve o golpe no golpe em 69, 60 para 69 com AI5. E houve, não se esqueçam, outubro de 77, quando Silvio Frota também tentou, só que o então presidente Geisel ficou sabendo, diferente do João Gular, que o que estava acontecendo e exonerou imediatamente Silvio Frota e se sabe da dessa audiência que ele falou: “Tá, amanhã eu entrego o cargo”.

Não, o cargo é meu, que seria teria sido a expressão, e vou e o senhor sai daqui sem ser mais o ministro. Então, eh essa essa tentativa quando ela é frustrada, felizmente foi em 2022, ela ela não se faz por uma pessoa só, não se faz da noite pro dia, eh se fez em surdina grandemente, mas eu acho que toda a tecnologia vem a serviço do ser humano e é preciso que a gente mantenha os princípios de convivência ética, humana e digna.

E esse tipo de golpismo vem exatamente quebrando tudo isso earrastando tudo isso. Acho que tem o exibicionismo, mas tem uma voracidade por cargos que fica mal explicada, porque Vossa Excelência, que já foi eleito tantas vezes para cargo, sabe que uma eleição deve ser difícil. Não sou política, não entendo nada de política, mas eh tudo que me conta é que é nobre, exatamente porque demanda dificuldades e exercício do poder.

Não tem só bônus, aliás, tem muito mais ônus do que bônus. E as pessoas precisam de voltar a acreditar nisso, que é servir ao povo e não se servir do povo. E isso que o ministro afirma, o ministro relator que do dito, né, que eh queriam queriam salvar o povo do próprio povo. >> Quer dizer, eh é o que se diz de uma ditadura.

Eh, é o que se quer afirmar que é pelo povo, mas sem o povo. É isso. Uma ditadura. Alguém que sempre fala como povo, mas sem o povo falar, é o silêncio ditatorial. É exatamente isso que o ministro relator descreve nessas passagens. Obrigada, presidente. Obrigado, ministro. Obrigado, ministro Flávio, mis Carmen. E e missa Carmen, fazendo um paralelo com a tentativa de golpe que estamos julgando.

Vossa Excelência lembrou de 1977, onde o presidente Gás se antecipou, o general civil Frota, havia convocado todos os comandantes das regiões para uma reunião no Ministério do Exército, exatamente para dar o golpe. o golpe dentro do golpe e segundo golpe, >> o segundo golpe, >> o primeiro foi 68, 69. >> Exato. É uma sucessão de gol.

Até uma outra uma outra carta constitucional que nem nome de constituição tiveram coragem de chamar. Chamaram de emenda constitucional que se fosse emenda seria inconstitucional >> o que foi feita por três pessoas e não pelo Congresso nos termos previstos. Mas nem nome de Constituição teve. O Brasil tem essa história.

Teve constituição, teve nome de Constituição, mas não foi Constituição. Em 37, ela só entraria em vigor depois do plebisbito, que nunca foi feito. E teve uma outra que foi uma nova constituição que é de 69, mas que não tiveram, não tinha nome porque não tiveram coragem para tanto. >> Eu não quero ser inoportuno, mas em ambos episódios com uma forte participação mineira, ministra Carmen.

[risadas] >> Pois é, meu amigo. >> É, mas apenas esqueça essa parte. A vida é isso. Todo o povo tem que ser o Tiradentes e seu Joaquim Silvério dos Reis. [risadas] É preciso tomar cuidado é com isso. Afinal, a humanidade tem Cristo e Judas. >> Então Minas apenas retrata isso. Mas nós vivemos libertas quais seratam.

Liberdade ainda que tardia e o nosso lema é tirar dentes. O outro é só pra gente lembrar da das trevas que podem descer e tomar cuidado que eu gosto é da luz. Eu eu concordo 100% a imensa maioria de tiradeitos na dúvida.